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Só pra não esquecer, o nome da presidente do PT em Altamira é Antônia Martins. Esta noticia foi retirada do site do Xingu Vivo, de quem somos aliados nessa luta contra barragens.


Norte Energia atinge casas sem indenizar famílias em Altamira

Publicado em 11 de abril de 2015

Foto: Glaydson Castro / TV Liberal

Desde a última quinta feira (9), cerca de 40 famílias que moram na região mais baixa de Altamira (os chamados baixões, entrecortados por vários igarapés e sujeitos a alagamentos) iniciaram um protesto contra obras na  área que devem destruir suas casas sem que tenha sido garantido qualquer tipo de indenização. No local, a Norte Energia, responsável pela construção de Belo Monte, pretende aterrar os igarapés e construir uma ponte. Com diversos materiais, os moradores fecharam as vias de acesso  e adotaram a tática do “empate” (impedimento de ações de máquinas) contra as obras .
De acordo com as famílias, das quais várias moram de aluguel ou com parentes, a Norte Energia tem se negado a negociar indenizações e alega que devem procurar programas como o Minha casa Minha Vida. Vários processos de moradores já foram encaminhados pelas vítimas à Defensoria Publica da União.
O grupo, liderado majoritariamente por mulheres e apoiado pelo Movimento Xingu Vivo, afirma que não sairá do local nem permitirá a demolição de suas casas até que tenham garantido o direito a novas moradias.
“Eles entraram aqui e começaram a aterrar, as casas começaram a rachar, jogaram terra sobre a casa de um senhor, tudo isso sem nenhum tipo de negociação com as famílias”, explica Maria de Fatima, uma das moradoras do Baixão do Tufi. “Nas reuniões anteriores a empresa garantiu que todos os moradores teriam direito a novas casas. Aqui tem até três famílias morando em uma casa, e nos deram um documento garantindo que todos receberiam indenização. Agora vem essa mulher, Flavia, que diz que fala em nome da empresa, dizendo que não reconhece documento nenhum, que ninguém tem direito a nada”.
De acordo com a moradora, ainda no dia 9 a polícia foi chamada para para desobstruir as vias, mas as manifestantes receberam o apoio inesperado do sargento da PM, que comandava a operação. “A policia chegou ameaçando, mas depois o sargento até nos deu apoio. Isso aqui está um inferno, tem muita criança, e nós não vamos sair daqui [das barreiras nos acessos] até a Norte Energia nos garantir indenização justa”, afirma Fátima.
Leia abaixo a nota contra a ação da empresa:
NOTA DE REPUDIO CONTRA DESPEJOS ILEGAIS COMETIDOS PELA NORTE ENERGIA
“Devido aos processos autoritários e ilegais de Belo Monte, como os que vêm ocorrendo nos despejos forçados e expulsões dos moradores, em especial das mulheres moradoras dos bairros alagados, iniciou-se  em 09 de abril, no bairro conhecido como “Baixão do Tufi”, um processo conhecido historicamente como “empate”.
Quando as máquinas – Patrolas, Retroescavadeiras, Pá-mecânicas, tratores e caminhões – chegaram para dar continuidade as demolições de casas e nivelamentos que já vem realizando, as mulheres moradoras deste local, cansadas de serem desrespeitadas e humilhadas, juntaram-se de mãos dadas e impediram as máquinas de passar.
Imediatamente iniciou-se a ação de criminalização que os moradores que lutam pelos seus direitos, e contra Belo Monte, têm sofrido nos últimos anos na região. Logo chegaram três viaturas da Polícia Militar, junto com a responsável pelos projetos de reassentamento da Norte Energia S.A (NESA), de prenome Flávia. Esta funcionária, como é comum fazer, já chegou de forma autoritária e ameaçando as mulheres que participavam do “empate”.
Junto à funcionária da NESA estava a presidente do PT municipal de Altamira, dizendo que as mulheres deveriam deixar as máquinas trabalharem, pois quem não conseguisse uma das casas construídas pela NESA, ganharia uma casa do programa “Minha Casa, Minha Vida”, ficando clara a manipulação em favor da Norte Energia.
O termo “EMPATE” ficou mundialmente conhecido a partir das ações de resistência realizadas inicialmente pelos seringueiros do Acre. Dele participavam homens, mulheres e crianças, que a partir de ações coletivas impediam a passagem de máquinas, fazendeiros e jagunços que tentavam destruir a floresta. A partir de hoje as mulheres afirmam que pretendem realizar muitos “empates”, impedindo a destruição do Xingu e de suas próprias vidas.
Altamira, 09 de abril de 2015
NÃO AOS DESPEJOS ILEGAIS E AUTORITÁRIOS REALIZADOS PELA NESA!
NÃO A CONSESSÃO DA LICENÇA DE OPERAÇÃO PARA A UHE BELO MONTE!
PARE BELO MONTE E AS GRANDES HIDRELÉTRICAS NOS RIOS DA AMAZÔNIA!”




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